Começos são difíceis
Eu lembro a primeira vez que tentei montar um site em 2018. Eu queria montar uma página que mostrasse o histórico dos torneios esportivos da minha faculdade. Parecia ser um bom primeiro passo para aprender a programar.
Então, encontrei um vídeo de duas horas no YouTube ensinando como programar a página do meu site com a linguagem HTML.
Vamos começar: Abre tag, fecha tag, importa css, formata o código, adiciona script, div aqui, header lá… as duas horas se tornaram uma semana — e meu site ainda estava com duas seções e só rodava no navegador do meu PC.
Você pode estar pensando que eu só não sabia o básico sobre programação. Ou que eu não sabia que existiam jeitos mais fáceis. E você estaria certo em ambos os casos. Eu não sabia por onde começar — “será que há um jeito mais simples?” eu deveria ter me perguntado.
Um ano se passou. Alguns colegas da faculdade decidiram começar a desenvolver um aplicativo de produtividade para estudantes e aquilo me chamou a atenção. Mandei uma mensagem perguntando se poderia participar no app Muskify. “Tá, mas como você poderia ajudar?” — “Eu ajudo a divulgar o app” — respondi, já que não sabia nada de programação. Eu estava dentro.
Em poucas semanas eu já me sentia imerso no projeto. Sentia que precisava colocar aquele aplicativo na mão das pessoas. Mas no início não havia nada além de um protótipo e havia muita coisa a ser feita até o lançamento. No problem. Vou começar a divulgar o app para tudo e todos até lá.
Enquanto eu acompanhava de perto o time desenvolver o app, senti que eu poderia ajudar na criação do design do app e foi aí que pensei “não sei fazer funcionar, mas pra desenhar as telas eu consigo”. Então comecei a aprender sobre design de interfaces (UX/UI) e passei a criar todas as novas telas do app. Me surpreendi com o quanto foi divertido criar fluxos de experiência do usuário e pensar em toda a jornada de uso.
O app estava ficando cada vez mais bonito e funcional e percebemos que era a hora de lançar. 7 meses se passaram do início quando fomos ter os nossos primeiros clientes.
Os usuários gostaram da versão inicial do app, mas naturalmente pediam muitas correções e novas funcionalidades. O tempo todo. Eu queria muito desenvolver, mas ainda estava na estaca zero da programação e o time todo estava atolado com outras demandas da faculdade e de estágio. Não seria possível entregar pros usuários as atualizações que eles precisavam.
Pera. Eu ainda posso tentar aprender a programar de uma vez por todas e desenvolver o que eles estão pedindo.
Comprei um curso de programação Flutter na Udemy e tentei de novo. Três semanas depois… eu já havia me perdido no meio dos códigos e ainda não sabia mexer no GitHub direito. “Como faço pra puxar o código do app? me envia por e-mail?” Resultado: não consegui desenvolver nem ao menos uma atualização.
Alguns meses se passaram e decidimos encerrar os trabalhos no app. Aqueles colegas do Muskify se tornaram grandes amigos. E a minha paixão por tecnologia apenas começava.
Foi nessa experiência que percebi o quanto é divertido construir aplicativos e ainda mais divertido é ter pessoas usando o seu app no dia-a-dia, falando que aquilo torna a vida delas mais fácil.
Mas… eu ainda não achava divertido digitar linhas de códigos.
Qual era a saída?
Por sincronia, logo em seguida descobri a Comunidade Sem Codar do Renato Asse por uma recomendação de uma pessoa que admiro.
No-code era a saída. Ou digamos, o início da jornada.
Imediatamente percebi que o conceito daquela comunidade estava alinhado com aquilo que eu acreditava e com o que eu gostava de fazer. Eu gostava de criar aplicativos, automatizar tarefas repetitivas e criar experiências online — mas sem me perder no labirinto da sintaxe de programação.
Dentro da comunidade aprendi como criar aplicativos fullstack usando Bubble 🤯, com uma facilidade que eu jamais imaginei ser possível.
E tudo fez sentido.
Uma grande janela de oportunidades começou a se abrir conforme fui entrando nesse universo. Há 10 anos atrás isso provavelmente seria papo de sonhador ou algo muito improvável. Hoje está se tornando realidade: uma pessoa comum conseguir desenvolver aplicativos com pouco ou nenhum conhecimento de programação.
Aliás, percebi que com Bubble eu fui aprendendo de maneira intuitiva como construir uma aplicação do absoluto zero até conquistar os primeiros clientes. Fiz a jornada completa que sempre quis. E foi muito prazeroso. Nada de ficar me frustando pra criar um website meia boca rodando apenas na minha máquina. Eu estava presente na internet. E ganhando algum dinheiro com isso.
E agora eu vou continuar repetindo essa jornada até, quem sabe, acertar grande. No dia a dia, desenvolver apps é muito divertido. Você vai ficando bom como se fosse um esporte ou um jogo em que você vai destravando as novas skills conforme avança. É incremental.
Talvez daqui um tempo eu consiga fazer aplicativos mais complexos em questões de poucas semanas. Ou me engaje em projetos mais desafiadores. Por exemplo, os que requerem integrações que precisam de algum conhecimento específico de código. Seria uma nova forma de aprender a codar, utilizando-o quando é estritamente necessário para gerar valor de forma prática.
“The best code is no code at all” — Jeff Atwood
Nessa nova jornada fiz alguns aplicativos sob demanda. Trabalhei na maior agência no-code do mundo, criei e vendi plugins, dei mentorias, desenvolvi o meu próprio micro-SaaS e agora quero abordar o desenvolvimento no-code de forma prática no formato de Newsletter.
E assim surge o No-code Bites
O meu objetivo aqui é bem simples. Eu quero te mostrar como você pode economizar tempo de trabalho usando ferramentas no-code.
Provavelmente há um jeito mais fácil de fazer o trabalho que você já faz, ou que quer fazer, com no-code. Seja uma automação, uma landing page, um banco de dados ou até mesmo uma planilha.
E eu vou te mostrar no detalhe como de forma sucinta.
Aqui você vai poder saborear de pequenas mordidas do grande bolo de no-code (por isso o “Bites” ).
Se inscreva para conhecer mais desse universo, onde as possibilidades são infinitas e não temos tempo o suficiente para quebrar a cabeça digitando código.
See ya.
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